Eu Mulher Com a Hello Kitty é uma corrida da qual não se quer ir embora
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Domingo foi dia de acordar cedo! Desta vez, o Esportividade colocou na pista a parte feminina da equipe jornalística. Diferentemente dos longões e das provas de maior distância cobertas pelo editor e fundador do site, Andrei Spinassé, o evento deste 17 de julho de 2022 se tornou o meu retorno às corridas de rua.
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Optei pela inscrição na caminhada de 3 km (havia também corrida de 6 km), mas tinha em mente que daria uns “trotes”, trocando o cenário do parque da Aclimação pelo do Jardim Botânico de São Paulo.
Como lá é um espaço sem tantas residências ao redor, a banda já tocava em alto e bom som hits dos anos 1990 – quando eu cheguei à “arena”, Xuxa e seu “ilari, ilari, ilariê, ô, ô, ô” saltavam das caixas de som. E com público fiel dançando e cantando. Espalhadas pelo local, as réplicas da menina gatinha mais famosa da mundo, que foi tema da corrida, estavam rodeadas por participantes ansiosas por uma selfie com ela.
Do aquecimento à largada para a corrida de 6 km (seguida pela liberação da caminhada de 3 km), vi meus olhos buscarem rostos familiares. Encontrei alguns. Quando liberada a largada, ouvi os gritos de incentivo ao meu lado e me lembrei do porquê de os eventos de corrida serem tão divertidos. Afinal, por que não correr na rua ou no parque perto de casa?
Durante o trajeto até o local da corrida, me lembrei de que havia esquecido os fones de ouvido, mas, quando se deu início à prova, a música era a da banda, os sons eram os de palavras de apoio – vindas tanto das corredoras como da equipe da empresa organizadora, a Fuse –, o barulho era o da natureza. Entre pequenos trotes e uma pausa e outra para recuperar o fôlego de uma subidona logo no início do trajeto, vi amigas colocando o papo em dia, mães e filhas se divertindo, colegas de equipe soltando gritos de incentivos para a outra mais à frente.
E foi ali, naquele instante, que eu me lembrei de quando era criança e não queria ir a um determinado lugar, mas, quando chegava, era bem legal e não queria mais ir embora. Senti a mesma coisa durante a corrida.
Ao longo do trajeto, me permiti aproveitar cada instante, prolongando o encerramento. Com isso, pude ver a primeira colocada, Janaína Borges, passando pela segunda volta; também vi outras mulheres com seus adereços e fantasias da Hello Kitty em um dia lindo de inverno (verão?) em São Paulo.
Na reta de chegada, observei lá longe o Andrei me procurando e, a poucos metros do pórtico, agarrei a mão dele e fechamos juntos mais essa prova. Fui abraçada por outras mulheres e, tentando recuperar o fôlego, já me imaginei na próxima.
De aprendizado levo mais cuidado comigo e com meu corpo para evitar qualquer tipo de lesão, mas também um “ei, garota, pegue leve com você, porque tá tudo bem”.
Oi