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Futebol 19/01/2022

Estaduais perdem força, diz pesquisa da Betway; saiba qual é principal problema

Por Esportividade

Que role a bola (pixel2013/Pixabay)

Paixão nacional, o futebol brasileiro tem características peculiares quando o assunto são os campeonatos estaduais. De acordo com um levantamento da Betway, site de apostas esportivas, essa relação pode estar perdendo sentido com o tempo.

O futebol brasileiro movimenta milhões de reais e torcedores todos os anos no país, e os campeonatos são os principais responsáveis por deixar essa disputa ainda mais acirrada entre os clubes brasileiros que participam da modalidade.

Falar de futebol é sentir a emoção ao primeiro apito a todos aqueles que acompanham essa trajetória esportiva tão diversificada e regionalizada em nosso país. Com isso, entender um pouco mais sobre esse universo da bola pode auxiliar a distinguir a importância e o peso de cada campeonato.

Seja por paixão ao time do coração, seja até mesmo movido pela rivalidade nos campos, o futebol brasileiro traz inúmeras visões sobre seus torcedores, sempre muito interessados nos temas regionais e mundiais. A torcida lota os estádios e sedes dos clubes mais famosos do país.

Considerados importantes por guardar momentos clássicos, os jogos estaduais vêm perdendo sua importância devido às estratégias políticas e regionais, como aponta o levantamento da Betway, pois é preciso mais que tradição para sustentar uma modalidade de campeonato esportivo.

Trajetória de técnicos que foram campeões estaduais e as dúvidas sobre permanência nos clubes

Estádio do Maracanã (Pexels/Pixabay)

Após enfrentar toda rivalidade dentro e fora dos campos e a emoção das suadas vitórias, o desafio passou a ser a permanência nos grandes clubes, como aponta o estudo do site de apostas esportivas.

Entre os campeonatos estaduais estão o Paulista, o do Rio Janeiro, o Mineiro e o Gaúcho; possuem as mesmas características quando o assunto é a permanência dos técnicos após conquistar a vitória dentro dos gramados.

Para entender a relevância desses campeonatos, temos de desmistificar o que leva ao entendimento de que houve uma significativa perda de relevância para os torcedores.

Campeonato Paulista

Começamos com a trajetória do ex-técnico do Santos, Dorival Júnior, que em 2016 conquistou o Campeonato Paulista e foi demitido 392 dias após sua conquista do título.

Já Carille, do Corinthians, teve uma trajetória diferente em 2017. Após o título, o técnico permaneceu no clube e foi apenas em 2018 que ele decidiu sair por conta própria. Já em 2019 foi demitido.

Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras em 2020, após conquistar a vitória no campeonato, teve sua demissão 67 dias após o feito.

Hernán Crespo também teve sua trajetória como técnico do São Paulo interrompida: mesmo vitorioso, foram 143 dias entre a conquista pelo time tricolor e a demissão.

Estadual do Rio de Janeiro

No famoso “campeonato carioca”, Jorginho ganhou a taça pelo Vasco em 2016 e foi demitido 204 dias após a conquista do título. Zé Ricardo, do Flamengo, foi o campeão em 2017 e após 91 dias também teve seu contrato encerrado por parte do clube.

Para Alberto Valentim, do Botafogo, alcançar a vitória em 2018 também não foi o suficiente para garantir sua permanência no clube, pois quis sair 72 dias após sua conquista.

Abel Braga teve sua trajetória como técnico do Flamengo interrompida em 2019, quando obteve a taça e pediu demissão. Jorge Jesus também acabou saindo por conta própria em 2020. Seguindo o padrão, Rogério Ceni também teve seu contrato rescindido em 2021, 49 dias após alcançar o título estadual.

Campeonato Mineiro

Givanildo de Oliveira (América-MG) e Roger Machado (Atlético-MG) também foram demitidos dos clubes após obter a taça.

Mano Menezes permaneceu no Cruzeiro após sua vitória no ano de 2018, mas em 2019 também teve seu contrato rescindido.

Para Jorge Sampaoli (2020) e Cuca (2021), do Atlético-MG, a história foi diferente, já que, após sua vitória no campeonato, ambos permaneceram no clube por mais tempo.

Campeonato Gaúcho

Argel Fucks (2016; Internacional) e Tiago Nunes (2021; Grêmio) foram demitidos não muito tempo depois do triunfo. Já Beto Campos saiu por conta própria após a conquista do título pelo Novo Hamburgo em 2017.

Como exceção, Renato Gaúcho foi um dos poucos técnicos que não tiveram seu contrato encerrado mesmo após alcançar a vitória, tendo ficado no Grêmio por quatro anos e sete meses seguidos.

Após essa análise, é possível acompanhar a trajetória de alguns técnicos e entender a importância dos campeonatos estaduais para os clubes brasileiros, pois ela pode variar de acordo com cada região e com o objetivo individual dos clubes, como aponta o estudo da Betway.

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