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Esporte sai da gestão Haddad em São Paulo mais pobre do que entrou nela

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Prefeito Fernando Haddad durante abertura da Virada no Pacaembu (Cesar Ogata/Secom)

Prefeito Fernando Haddad durante abertura da Virada no Pacaembu (Cesar Ogata/Secom)

O município de São Paulo entrará na “era João Doria” destinando à Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação um orçamento que representa apenas 0,5% do total de despesas previstas para 2017. Quem promulgou na última semana do ano o orçamento geral municipal para 2017 foi Fernando Haddad. Financeiramente, então, o esporte sairá mais pobre da gestão petista do que entrou nela. O último orçamento discutido pela Câmara dos Vereadores e promulgado por Gilberto Kassab em dezembro de 2012 previa R$ 300.229.702 para a secretaria em 2013 – o primeiro ano de Haddad –, o que correspondia a 0,71% do geral.

A pasta, que será gerida por Jorge Damião, terá à disposição R$ 276.888.185, e o município contará com orçamento de R$ 54,694 bilhões. Uma secretaria “irmã”, a da Cultura, terá 0,94% de todo o recurso municipal.

Na verdade, a proposta enviada por Haddad à Câmara em outubro era até mais desfavorável à secretaria de Esportes: o petista havia lhe reservado R$ 246.171.750, mas os vereadores aprovaram o orçamento que se tornou o final, e era 12,48% maior que o proposto por Haddad. Nesta semana, o prefeito apenas o ratificou.

O orçamento da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação aprovado para 2016 era de R$ 586.006.560, ou seja, houve uma diminuição de 52,74% na comparação de 2016 com 2017.

O secretário de Esportes de João Doria explicou que essa redução, na verdade, é uma “pegadinha financeira”. “Havia uma promessa de investimento para a criação de quatro minicentros olímpicos dentro do projeto do PAC [que é o Programa de Aceleração do Crescimento federal]. Foi um valor agregado ao orçamento [de 2016]. Isso foi anunciado, mas não saiu do papel. Prejudica o orçamento para 2017, porque poderiam ser aplicadas todas as correções em cima do anterior, e haveria um aumento. Pesquisamos isso por meio da Caixa Econômica Federal, que é quem faz o repasse. Ela abriu o processo para isso, mas o dinheiro acabou não vindo”.

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