Espera continua: só serão conhecidos em setembro projetos para Pacaembu
Venceria nesta semana o prazo para empresas cadastradas apresentarem estudos sobre a modernização e a gestão privada do estádio do Pacaembu, em São Paulo, mas a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação optou por prorrogá-lo. Agora o material tem de ser entregue até o dia 31 de agosto de 2015 e somente em setembro deverão ser expostos publicamente.
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Dessa maneira, o futuro do estádio municipal continua a ser desconhecido. O Santos deve jogar lá três vezes até o fim do Brasileiro-2015, e esses devem ser os maiores eventos a serem realizados lá em 2015. O Palmeiras também pode usá-lo caso o Allianz Parque receba algum show grande na semana de uma partida.
Enquanto isso, é discutida na Câmara Municipal a realização de jogos de várzea lá. Existe sobre isso um projeto de lei de autoria do vereador Nelo Rodolfo. De acordo com a iniciativa, aos domingos, das 7h às 13h, o estádio será destinado à realização de partidas de futebol de várzea e, nos demais horários, estará disponível ao órgão administrador competente. As partidas, segundo a proposta, serão administradas por torneios de várzea e por órgão competente. Justifica o autor que o futebol de várzea, por ser uma grande tradição do povo brasileiro, jamais deixará de existir, pois encontra ainda apoio de entidades públicas e privadas. Foi dado parecer positivo pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes.
O que está por vir
O futuro do estádio do Pacaembu será, segundo o secretário de de Esportes, Lazer e Recreação, Celso Jatene, decidido após conversas com a população paulistana. Embora a intenção seja que uma empresa administre o estádio municipal por 25 anos após modernizá-lo, antes da escolha de um projeto este se tornará público.
“Os interessados deverão apresentar projetos de melhorias arquitetônicas e modelo de administração. Realizaremos audiências públicas, aqui na Câmara e no estádio, para mostrar as propostas e ouvir a população. Depois disso vai chegar o momento da licitação”, explicou à Comissão de Educação Cultura e Esportes da Câmara Municipal.
O secretário reiterou ausência de dinheiro público na modernização do Paulo Machado de Carvalho, que completou 75 anos em abril de 2015. “Não será investido nenhum centavo de dinheiro público nisso; por isso é um modelo de concessão. É lógico que quem investiu terá o direito da concessão de 25 anos para reaver o que investiu, mas o equipamento continuará rigorosamente a ser um patrimônio da prefeitura”, disse.
“Como a área poliesportiva [quadras e piscina] precisa ser modernizada, revitalizada e devolvida para a gestão pública para continuar atendendo a população, pode ser que de R$ 9 milhões o custo operacional [à prefeitura] fique em R$ 3 milhões por ano.”
Empresas cadastradas, como a Latin United Arenas, a Arcadis Logos e a Associação Casa Azul, terão até 31 de agosto de 2015 para realizar estudos e apresentá-los para a prefeitura. Elas precisam mostrar, por exemplo, como (e principalmente onde) criar um estacionamento para 2 mil veículos, que foi um item exigido pela secretaria no chamamento público.