Discussão sobre preços de inscrições ofusca tentativa de debater ‘pipocas’
A Yescom lançou oficialmente nesta terça-feira, 31 de janeiro de 2017, sua campanha “antipipoca”. O que se percebe em redes sociais (Facebook) é que, por enquanto, a sua mensagem ainda não causou o impacto desejado pela empresa. Na verdade, duas outras discussões ofuscam os “pipoqueiros”: o preço das inscrições e a falta de água na São Silvestre, evento organizado pela mesma Yescom. Enquanto os valores não forem seriamente debatidos, qualquer tentativa de debate sobre “pipocas” não terá a atenção devida.
A linha de raciocínio que mais tem adeptos tem a ver com o preço das inscrições. Diz que estão caras demais e lamenta o fato de não serem “acessíveis”. Há quem pense que os “pipocas” são fruto dos altos valores – mas há quem argumente que existem pessoas que correm sem estarem inscritas mesmo em provas gratuitas.
São usadas expressões como “a corrida virou um comércio”. Também afirmam que “organizador ‘x’ mostra ser possível vender inscrições por R$ 20 e fazer um belo trabalho”, mas não se dão conta de que, por trás de corridas com valor inferior a trinta reais, normalmente existe um projeto aprovado pelo Ministério do Esporte para captar recursos por intermédio da Lei de Incentivo ao Esporte, permitindo que os patrocinadores invistam no evento parte do que pagariam como Imposto de Renda.
Empresas como a Yescom, entretanto, evitam tocar nesses assuntos, o que resulta em mudança de foco quando tentam colocar os “pipocas” em pauta. Em um fórum com a imprensa, a Yescom mostrou resumidamente quais são os documentos e quais são as taxas públicas que paga para organizar uma corrida de rua em São Paulo, mas esses tipos de custos não vem a público, e é criada a sensação de que existe sim uma grande margem de lucro. Não se trata de prestar contas publicamente, mas sim de os participantes inscritos em uma corrida entenderem melhor, em linhas gerais, para onde vai seu dinheiro e por que organizar uma prova de rua não é uma tarefa simples e barata.
Vários dos custos de uma corrida independem da vontade de um atleta, mas alguns não são assim, como itens que compõem o kit de participação. Poucos são os eventos que permitem que o corredor não compre uma camiseta, por exemplo, e, por excluí-la do kit, tenha um desconto ao se inscrever na prova. Mas tal personalização dependeria de uma alteração de planejamento, e os patrocinadores teriam de estar cientes de que a camiseta, peça de recordação e publicitária, não seria mais tão importante quanto já foi para os anunciantes.
As empresas organizadoras precisam entender seu público, o bolso do atleta e o que e como os corredores pensam – caso contrário, um diálogo entre as partes ficará cada vez mais difícil.
Ola, é simples o problema. Corridas que baixaram os preços, ganharam inscritos, são silvestre não ! Tantos patrocinios nas camisetas e, preços não baixam ! Eu estava na são silvestre e não paguei, é uma das provas mais caras e não oferece o que custa.Por que a Olga Kos, que usa seu $$$ pra instituição cobrou $26,90(acho que foi isso) ?? Eu vi agua na são silvestre nas caixas, faltou planejamento. Por mais bancas e menos aguas por banca (muitas no chão) Já que tinham tantos inscritos e calor, por que não aumentar as bancas ?? Tudo aqui se cobra, mas não se oferece nada de mais em troca…..NÃO CULPEM OS PIPOCAS, SEMPRE EXISTIU !