Crise econômica resultante de pandemia reduzirá corridas baratas ou gratuitas
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Circuito Correr e Caminhar no Villa-Lobos (Esportividade)
A crise gerada pela pandemia de covid-19, que leva o Brasil a uma desaceleração econômica, ao aumento do desemprego e a cortes salariais, afetará nos próximos anos as corridas gratuitas ou baratas. Embora elas sejam mais necessárias do que nunca para os que gostam de correr, já que a maior parte das pessoas terá um menor poder de compra de inscrições, haverá menos delas a partir de 2021 – com exceção das que seriam em 2020 e foram adiadas.
Se não for alterada, a Lei de Incentivo ao Esporte será menos usada pelas empresas do próximo ano em diante. Por causa da retração econômica, as empresas cujo lucro real é apurado para cálculo do Imposto de Renda devido destinarão menos recursos a eventos incentivados. Quanto menos lucro, menor é a quantia que a empresa está apta a direcionar para os projetos (até 1% do IR a ser pago).
Essa redução tirará recursos da Lei de Incentivo ao Esporte como um todo, e as entidades que contam com a ajuda desse instrumento legal para financiar seus projetos terão mais dificuldade de captação que em 2019, por exemplo, quando já não era tarefa muito fácil captar recursos.
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Fim de corrida no Parque Estadual do Juquery (Esportividade)
Outras leis de incentivo ao esporte, como a paulista, cujo imposto do qual o governo abre mão de receber um percentual é o ICMS, seguem a mesma lógica: quanto menor a geração de lucro de uma empresa, menor o potencial dela de colaborar para a realização dos eventos.
Várias corridas incentivadas que aconteceriam em 2020 e serão remarcadas para 2021 já possuem recursos captados. O maior problema estará em quem for buscar patrocinadores em 2021 e em 2022, anos em que a crise de 2020 se refletirá na arrecadação de impostos e as empresas terão menos condições de patrocinar as provas por meio das leis de incentivo.