Corrida de verificação de protocolo de SP mostra ser mais segura que parques
A corrida de verificação de protocolo, primeira prova pedestre na cidade de São Paulo em mais de sete meses e meio, deu aos participantes neste domingo, 25 de outubro de 2020, uma sensação de maior segurança do que os parques, por exemplo, e foi um passo fundamental para o efetivo retorno dos eventos, já que foi vista de perto por uma equipe da Covisa municipal, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, em cujas mãos está a ratificação do conjunto de medidas do setor contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O decreto estadual que obriga o uso de máscara em espaços públicos foi cumprido em todos os momentos do evento, mesmo durante as duas voltas de 2,5 km cada uma no sambódromo do Anhembi, pela ampla maioria. Nos parques, o que se vê é que muita gente tira-a do nariz ao longo da prática esportiva. A retomada das corridas de rua na capital paulista está condicionada ao uso constante de máscara.
Na recepção dos 138 convidados, ainda dentro do veículo, foi medida a temperatura de cada um. Na “arena”, eles encontravam álcool em gel e guarda-volumes com fila demarcada por cones.
Cones organizaram a largada, dividida em pelotões de 30 atletas cada um (formados conforme o ritmo de prova previsto pelos próprios corredores): para não haver aglomeração, cada pessoa deveria se posicionar ao lado de um deles. Os cinco pelotões foram autorizados a largar com diferença de 30 segundos entre eles.
Durante a prova, a dinâmica foi até mais segura do que a que tem sido vista nos parques desde julho de 2020, quando foram reabertos, ainda em horário reduzido, em São Paulo. Além da grande adesão à máscara, o fato de não haver pessoas vindo no sentido oposto sem a distância adequada tornou a experiência de prova mais segura do que a de parques.
Na chegada, assim como no decorrer da prova, cada pessoa pegava um copo de água colocado sobre uma mesa; o saco plástico em que vinha a medalha era higienizado antes de ser entregue a cada corredor.
Ajustes ainda precisam ser feitos – como marcar um horário para cada pelotão largar (a fim de que os atletas cheguem ao local em momentos distintos) e solicitar aos funcionários que orientem (ainda mais) o uso de máscara na dispersão. Mas esse primeiro passo já se mostrou muito promissor.
Reconhecido pela Federação Paulista de Atletismo e apoiado pela SPTuris, o evento-teste foi organizado por quatro empresas, a Iguana, a TF, a Beta e a Chelso. A união de organizadores tem ligação com a Abraceo, associação nacional que surgiu em meio à pandemia.
A TF Sports, da Track&Field, disse ainda pretender realizar ainda uma corrida em 2020; está prevista para o dia 13 de dezembro. A prefeitura paulistana deve passar a exigir que, em um primeiro momento, o evento possa reunir – em um mesmo lugar e ao mesmo tempo – só 30% do que reunia antes da pandemia.
Verificação continua
Os participantes do evento-teste, que, antes da prova, responderam a um questionário sobre possíveis sintomas da covid-19, serão contatados nas próximas duas semanas para verificação de sua saúde.
Parques aos fins de semana
A partir do fim de semana prolongado que vem, 31 de outubro, 1º e 2 de novembro, os parques municipais de São Paulo funcionarão. No dia 31/10, será inaugurada a área de lazer do sambódromo do Anhembi, com ciclofaixa, a ficar aberta à população quando não houver eventos lá.
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Vc é show!!!!! Muito boa
A reportagem!!!’