Corrida de São Silvestre-2022, a 97ª, tem ‘silêncio’ na largada, ‘km 41’ e cerveja
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Fez-se um “silêncio” anormal para uma largada de corrida de rua. A ausência de música e locutor devido a uma aparente falha no sistema de som da Corrida Internacional de São Silvestre de 2022, a 97ª edição do evento, era um sinal: o de que, em 31 de dezembro de 2022, os milhares de participantes da prova pedestre mais tradicional do Brasil iriam se escutar, sem necessidade de música ou de alguém lhes dizendo o que sentir.
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Já no primeiro trecho pós-avenida Paulista, o túnel José Roberto Fanganiello Melhem, eles puderam gritar, se expressar livremente, sem julgamentos. “Grite, grite, ponha tudo para fora”, como diz o duo inglês Tears for Fears na música “Shout”.
A dificuldade de desenvolver o próprio ritmo no túnel – em razão do “congestionamento de pessoas” – permitiu que se pudesse viver esse momento de forma mais intensa e por mais tempo.
A falta de controle interno, depois do acesso à avenida Paulista, fez com que um corredor mais lento e um mais rápido corressem no mesmo pace ali – o que talvez tenha irritado o mais veloz, que não conseguia ultrapassar o colega por falta de espaço. Há de se entender, entretanto, que a São Silvestre não é exatamente uma prova de 15 km voltada ao desempenho dos amadores.
A partir daí, olhos atentos viram um mosaico de pessoas (e de personagens, por que não?) participando da corrida e assistindo a ela “in loco”. E ouvia-se de tudo: desde o “Bora, Bill”, bordão da moda, até o grito de “Vai, Corinthians” – este intensificado quando da presença de torcida corintiana na avenida Rudge.
Foi na famosa subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, no entanto, que se escutar foi fundamental. Para a maioria dos participantes, foi travada uma luta contra o pensamento de que não seria possível completar os 15 km em uma manhã um pouco mais quente do que se previa em São Paulo (das 8h às 10h, a temperatura subiu de 20,5ºC para 26,2ºC).
Há dois momentos mais esperados na Brigadeiro: quando ela acaba (principalmente) e quando se entrega cerveja. O “km 41” foi reativado: trata-se de uma brincadeira com as pessoas que acham que a São Silvestre é uma maratona (prova de 42,195 km).
Fazia três anos que os corredores voluntários não entregavam justamente ali cerveja de graça aos participantes, já que em 2021, devido à pandemia de covid-19, não houve a ação. Era aquela a motivação final para terminar a corrida a um quilômetro do fim.
Na curva à direita que leva à avenida Paulista, já não se ouvia nem se via mais nada: só havia olhos para o pórtico de chegada, montado em frente ao número 900, endereço da Fundação Cásper Líbero, a detentora dos direitos do evento. A 97ª São Silvestre estava, assim, concluída.
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Evento voltou a ser grande em 2022:
Com quase 30 mil medalhistas, São Silvestre de 2022 é a 2ª maior da história
Das minhas 15 são silvestre, essa foi a pior, sem som de música e de largada, o kit muito fraco e caro