Por repetição e ampliação da Copa Intercontinental, sucesso é obrigação
A volta da Copa Intercontinental é encarada pela Fiba Américas, entidade que rege o basquete no continente, como um embrião do que, a partir de 2014, pode se tornar um Mundial de clubes de fato. O torneio, que terá dois jogos entre Pinheiros/SKY, atual campeão da Liga das Américas, e Olympiacos (Grécia), atual vencedor da Euroliga, acontecerá nos dias 4 e 6 de outubro no ginásio José Corrêa, em Barueri. Quem chancela a competição é a Fiba, mas Alberto García, secretário-geral da confederação americana, é o maior incentivador do campeonato.
O argentino disse que, por enquanto, só está garantida esta edição da Copa Intercontinental e que, por isso, ela precisa ser exemplar, “o melhor evento da história”, nas palavras dele. “Precisamos passar imagem de organização, de responsabilidade, de seriedade. É necessário que desde a recepção no aeroporto possamos causar uma boa sensação. Se tivermos isso, estou certo de que, em 7 de outubro, receberei muitas ligações para concretizarmos a realização dos próximos eventos”, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (22), no Pinheiros. “O que nos resta é trabalhar muito em promoção, difusão, imagem, organização. Já há mais de 70 países envolvidos na transmissão de TV, além da de internet.”
A notícia da volta da Copa Intercontinental chamou atenção de representantes do basquete na Ásia e na África, que, segundo o dirigente, querem que seus continentes estejam representados nela no futuro. “Quando foi comunicado que se realizaria novamente a Copa Intercontinental, a vice-presidente de assuntos internacionais da NBA [Kim Bohuny] me ligou e me questionou sobre o fato de não haver equipes da liga norte-americana no campeonato. Em algum momento, também existirá um time de lá no torneio”, contou. Em 1996, houve a mais recente até então edição da competição.
Como apenas serão dois jogos em 2013, o primeiro critério de desempate caso cada time vença uma partida será o “goal average”, que se trata de uma divisão entre pontos feitos e pontos tomados em ambos os jogos. Se houver rigorosa igualdade de placares, haverá mais 5 minutos de disputa para que o campeão seja definido.
Pela sexta vez
A Copa Intercontinental é uma velha conhecida de Claudio Mortari, que a disputará como técnico pela sexta vez. Nas outras ocasiões, ele treinava o Sírio (torneios de 1978, 1979, 1981 e 1984) e o Corinthians (em 1986). Em 1979, no ginásio do Ibirapuera, ele pôde comemorar o título em cima do KK Bosna junto com seus jogadores, entre os quais se destacavam Oscar e Marcel.
Mortari disse se sentir privilegiado por ter tanta história em uma competição internacional: “Chegar a uma disputa de título internacional já é algo muito difícil, pois o caminho é muito longo, as competições são muito diferentes, o que causa muita dor, e ela passa a ser parte integrante do nosso uniforme. É uma oportunidade única que você tem durante uma trajetória esportiva. Você pode ser um grande jogador ou um grande treinador e nunca ter essa chance. E esta será minha sexta vez”.
“O jogo que vencemos em 1979 ainda emociona quando você o revê. Essa equipe do Bosna era a base da seleção iugoslava que se tornou campeã olímpica em 1980”, declarou o treinador, que também vê um elenco forte no Olympiacos. “Eles têm cinco jogadores norte-americanos, um esloveno e um jovem recém-contratado grego que disputou campeonato universitário dos Estados Unidos. As equipes se tornaram internacionais. Tenho certeza de que esse campeonato crescerá e terá a participação de outros continentes, mas primeiro vamos nos concentrar nos dois jogos. Vamos invadir a quadra como a do Ibirapuera foi invadida em 1979.”
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