Concessão do Pacaembu liberaria verba para outros projetos esportivos de SP
Apesar de a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo ter seu orçamento (bem) reduzido ano após ano, o secretário João Farias está até otimista. “Já tivemos uma conquista: o orçamento real em 2018 é menor que a proposta orçamentária para 2019”, disse. A primeira versão desta destina R$ 189.782.047 à Seme.
De acordo com Farias, cerca de R$ 104 milhões dos R$ 154 milhões – estimativa – usados de fato pela Seme neste ano foram para o dia a dia dos centros esportivos municipais.
“Só o complexo esportivo do Pacaembu consome R$ 600 mil por mês [R$ 7,2 milhões por ano]”, disse. “Se houver a concessão dele, a sobra vai ser realocada no orçamento para potencializar outros projetos da secretaria.” O secretário espera que isso ocorra já nos primeiros meses de 2019.
“Um pedaço da área do Pacaembu ainda está com a matrícula em nome do governo estadual, então precisamos da anuência deles para podermos dar continuidade ao certame.”
Como João Doria, justamente quem liderou o projeto de concessão quando era prefeito, será o novo governador, é muito provável que rapidamente, em janeiro, ele dê esse aval. Há quatro grupos interessados em reformar e administrar o estádio.
Essa entrevista foi concedida por Farias em seu gabinete, que fica no mesmo complexo do Centro Olímpico de Treinamento de Pesquisa, cuja pista de atletismo passa por uma completa reforma graças a recursos do governo federal.
“A pista de atletismo da prefeitura vai estar pronta, no começo de 2019, para receber qualquer competição internacional”, afirmou.
A vencedora da licitação da reforma foi a Resinsa Brasil (R$ 3,060 milhão).
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