Com o Olympikus Corre 4, entendi a fama do Corre 3 e o porquê do sucesso
Olympikus Corre 4: treino no Minhocão (Esportividade)
Digo sem dúvidas: o Olympikus Corre 3 é o tênis de corrida mais comentado e elogiado por brasileiros. Até hoje, mesmo com o lançamento de uma nova versão, postagens sobre o modelo em redes sociais recebem muitos comentários e curtidas, e a maior parte deles é elogiosa – fica evidente que os corredores amadores consideram a relação entre o custo e o benefício. A comunidade corredora sabe que existem tênis mais tecnológicos e mais rápidos disponíveis no mercado, mas também tem ciência de que investir mais de dois mil reais em um tênis de corrida não está ao alcance da maioria das pessoas.
Assista ao vídeo curto do teste do Corre 4 em São Paulo:
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Infelizmente, não experimentei o Corre 3 e não pude confirmar se era “tudo isso mesmo”. O Olympikus Corre 4, porém, chegou aos meus pés alguns meses depois do lançamento. Meu primeiro treino com ele foi já um de 27 km pré-Maratona de Curaçao, e logo nos primeiros metros comecei a entender o porquê do frenesi: embora custe R$ 499,90, está no mesmo patamar de modelos importados que estão à venda pelo dobro desse preço. O Corre 4 é brasileiro, fabricado pela Vulcabras, empresa nacional de calçados.
Corre 4 em duas versões no elevado Presidente João Goulart (Esportividade)
Leve – 219 gramas no tamanho 40 – e confortável – sem gerar quaisquer sensações incômodas aos pés –, o Olympikus Corre 4 não é especialmente veloz (não tem placa de carbono) nem incrivelmente macio, mas foi justamente essa a proposta da Vulcabras ao desenvolvê-lo a fim de atingir o maior número possível de corredores. Atende bem, então, àqueles que só conseguem – por disponibilidade financeira – ter um tênis de corrida por vez, sendo chamado de “coringa” por isso, uma vez que se adapta a treinos e provas diversos.
Segundo a Olympikus, houve evoluções do Corre 4 em relação ao Corre 3, como a nova tecnologia Eleva Pro 2.0 na entressola e a nova versão da borracha antiderrapante Gripper Plus, que, segundo a marca, proporciona “40% mais durabilidade e 50% mais aderência”. Como não testei o Corre 3, não tenho como usá-lo como parâmetro e dizer se essas mudanças podem ser sentidas.
Andrei faz teste do Corre 4 em São Paulo (Esportividade)
Não optaria pelo Corre 4 para uma maratona, mas não o descartaria, de forma alguma, para etapas do ciclo de preparação. Outro tênis assim é o também brasileiro Fila Racer Speedzone, o qual também merece ser considerado pelos corredores amadores em busca de um modelo um pouco mais barato do que importados que possa fazer frente a eles.