Circuito Vida entrega em Interlagos quase tudo o que se esperava da corrida

Circuito Vida no S do Senna (Giselle Franco/Equipe Jabaquara)

A etapa de Interlagos do Circuito Vida pode, sem exagero, ser considerada a melhor corrida pedestre noturna já realizada no autódromo paulistano. Os atletas finalmente puderam experimentar a histórica pista com iluminação adequada, novidade de 2018. E não foi só por isso que o evento foi elogiado: a “arena” e o que nela foi oferecido agradaram aos participantes. Houve dois poréns, mas não comprometeram a avaliação positiva.

Não foi à toa que as inscrições gratuitas para essa prova foram as mais concorridas desta temporada até agora: a expectativa era enorme, pois corridas noturnas em Interlagos eram raridade até 2017 devido à falta de iluminação. As torres, cujo aluguel é pago pela prefeitura em 2018, se mostraram ideais para esse tipo de evento. Apesar de haver ainda trechos não iluminados, eles foram pouco sentidos pelos atletas.

“Arena” montada no miolo do circuito (Esportividade)

Impressionou a grandeza da “arena do evento”, instalada no miolo do autódromo. Com ativações como massagem rápida, avaliações física e nutricional, alongamento, aquecimento e fotos divertidas em estande da Panco, ela não ficou devendo para a de tradicionais circuitos noturnos.

Os deslocamentos foram curtos: o estacionamento gratuito, a “arena” e o pórtico de largada e chegada ficaram na mesma região do autódromo.

Foto pré-largada do Circuito Vida em Interlagos (Esportividade)

O primeiro porém foi o sistema de listas, porque foi difícil enxergar nelas os números de peito, de acordo com os quais a retirada de kit era feita. Houve acúmulo de atletas diante dos murais, especialmente entre 19h e 20h, mas a entrega de kit em si foi rápida.

O segundo foi a distância. Haviam sido anunciadas provas de 5 km e 10 km; na verdade, em cada volta, os participantes percorreram pouco mais que a extensão oficial de cada giro em Interlagos, 4,309 km. Por isso, os tempos foram baixos.

Atletas no Laranjinha (Fabio Dias Andre)

Apesar disso, o desafio continuou grande, e a famosa subida dos boxes foi encarada logo no segundo quilômetro. Outra subida, a do Laranjinha, levava os corredores para o pórtico de chegada, montado do lado de fora da pista.

Para realizar essa corrida em Interlagos, a organização do Circuito Vida teve de se desdobrar, até porque teve de conciliar o evento de atletismo com o SuperBike Brasil, que usou o autódromo durante o dia.

A Associação Complete Vida pôde captar até R$ 533.507,20 para a realização do Circuito Vida II. A verba investida nele pelos patrocinadores deixará de ser paga como ICMS ao governo estadual.

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