Caminho da Paz é mais que simbólica: é chance única anual aos corredores
O circuito paulistano de corridas de rua sofreu uma baixa em 2014 por não ter podido contar com a Caminho da Paz. No entanto, em 28 de junho de 2015, a prova foi retomada com força total. Esse evento é diferente de todos os outros por ser barato aos participantes (R$ 21) e lhes oferecer um percurso de 7 km com largada e chegada em (belos) lugares distintos. A mensagem de integração de povos e religiões também o diferencia dos demais.
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Melhores parques paulistanos para a prática de corrida
A largada nas proximidades do Clube Atlético Monte Líbano, na avenida República do Líbano, e a chegada no parque do Povo, na região da Hebraica, tornam o evento ímpar e logisticamente muito mais complexo. Antes da prova, os inscritos tiveram de pegar ônibus fretados, oferecidos gratuitamente pela organização, do ponto final ao inicial a fim de que, quando chegassem ao parque do Povo, pudessem facilmente sair de automóvel de lá. Os atletas tiveram a opção de estacionar no shopping JK Iguatemi (R$ 20).
Pegar um ônibus cheio de atletas nas primeiras horas da manhã de domingo gera sensação diferente. Estão todos no mesmo “barco”, independentemente de serem cristãos, judeus, muçulmanos ou de qualquer outra coisa.
Quando a largada é autorizada, o evento ganha ainda mais significado: os atletas passam diante do parque do Ibirapuera, em que há a praça da Paz, por regiões onde existem unidades de grandes marcos de comunidades, que são os hospitais Albert Einstein (Ibirapuera) e Sírio-Libanês (Itaim), e chegam ao parque do Povo, em frente à avenida das Nações Unidas.
O percurso é rápido, ótimo para recordes pessoais serem batidos. Completaram a prova 3.347 inscritos, 1.707 homens e 1.640 mulheres, em 2015. Depois de pegarem medalha em que se diz “Eu corri pela paz”, ainda puderam tirar fotos diante das palavras gigantes que a ONG Iniciativa O Caminho de Abraão espalhou pela região da prova.
O patrono local da ONG, Alexandre Chade, prometeu novidades para 2016. “O evento tem crescido em todos os aspectos”, disse. “Foi adotado por São Paulo. Viraram uma espécie de xodó da cidade a corrida, a caminhada e as palavras. Conseguir terminar aqui no parque do Povo também é um passo importante. No ano que vem, teremos outro, que é um festival de música que integra as culturas e os países. Nosso objetivo é crescermos um pouco a cada ano, mas sem muita transformação para o evento não perder sua essência.”
Embora neste ano, diferentemente de 2014, os participantes não tenham passado diante da Hebraica, Alexandre afirmou estarem os judeus ainda muito bem representados. “A comunidade judaica está presente em massa. Fazemos o café de lançamento na Hebraica. Por uma questão de logística e percurso, todos combinamos de encerrar a prova aqui no parque do Povo. E temos passagens simbólicas pela Hebraica, pelo Pinheiros e pelo Sírio [além da largada na avenida do Monte Líbano].”
Até 2013, a corrida era finalizada no shopping Eldorado, mas a conclusão no parque do Povo mostrou-se muito mais adequada a ela, até por causa do cenário, muito mais bonito que um estacionamento de centro comercial.
O evento foi em 2015 enquadrado na Lei de Incentivo ao Esporte, que permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. E a Associação Civil Iniciativa O Caminho de Abraão tinha autorização para captar até R$ 729.453,05 dessa maneira.
A Caminho da Paz, cuja sexta edição foi completada, tornou-se uma corrida de rua essencial aos paulistanos: oportunidade única anual de, ao mesmo tempo, pagarem pouco, correrem sem ser “em círculos” e ainda mostrarem apoio a uma causa tão importante assim.
No entanto, deixou a desejar a divulgação de resultados (clique aqui), sem separação por faixa etária.
Voces estão de parabens!!
eu não esperava tanta subida, tenho que treinar mais…rsrsrs
Mas, concluir correndo do começo ao fim.
abraço