São Paulo - região metropolitana
Corrida de rua 04/04/2016

Avaliação: separação por pelotões de largada da Athenas 12k SP funciona

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Largada da Athenas 12k (Iguana Sports)

Largada da Athenas 12k (Iguana Sports)

Se for bem organizada, a largada por pelotões propicia aos atletas uma melhor experiência de corrida. Na Athenas 12k, que foi realizada no domingo, 3 de abril, a avaliação da reportagem do Esportividade foi positiva quanto a isso. No momento da inscrição, o atleta deveria escolher seu pelotão. Seis estavam disponíveis conforme o ritmo médio de cada um. A reportagem do Esportividade, ao menos no terceiro pelotão, notou grande respeito ao “grid de largada” por parte dos participantes.

A separação por pelotões proposta pela Iguana Sports evita que um atleta mais rápido tenha de fazer diversas ultrapassagens bem logo no início e vice-versa: que um mais lento seja ultrapassado por um “batalhão de gente”, o que pode fazer com que o ultrapassado force em demasia seu ritmo para tentar acompanhar os mais velozes e seja prejudicado por isso.

Na Athenas 12k, com largada e chegada na região do hotel Transamérica, na marginal do rio Pinheiros (na zona sul de São Paulo), a reportagem constatou como é importante estar desde o início em um grupo de corredores de ritmo similar. Quando isso acontece, o atleta pode escolher alguns desconhecidos para acompanhar sabendo que estes têm velocidade parecida com a sua. Ao fazer parte de um pelotão mais ou menos homogêneo, o atleta tem tendência maior de manutenção de um ritmo confortável a ele.

A reportagem do Esportividade pôde observar diante de si durante bastante tempo na Athenas 12k as mesmas pessoas, o que também gera um conforto mental e um senso de coletividade – embora a corrida seja uma atividade física predominantemente individual.

Os 12 km da prova (RunKeeper)

Os 12 km da prova (RunKeeper)

Quando houve o encontro dos participantes dos 12 km com os dos 6 km, nos últimos três quilômetros, obviamente o pelotão dissipou-se um pouco, mas ali já começava o momento de preparação para o sprint, o que naturalmente representa uma quebra de ritmo.

Para que essa experiência de pelotões dê certo, os atletas têm de fazer a sua parte desde o momento em que eles se inscrevem na corrida, sendo sinceros quanto ao ritmo de prova. E devem também estar cientes de que é importante que entrem na “baia” correta antes da largada. Alguns minutos antes do início da corrida, essas “baias” são desfeitas, e ocorre um agrupamento, mas, nesse momento, os pelotões já estão montados.

Ao fim da prova, na “arena do evento”, os atletas puderam beber Gatorade (o qual, aliás, estava disponível durante a prova), tomar um sorvete e até beber cerveja. Além do mau cheiro do rio Pinheiros, um inconveniente da região do hotel Transamérica é estacionamento – os pagos são muito caros. Não foi má ideia, porém, estacionar o carro em uma rua distante do local da largada: assim foi possível trotar até lá como parte do aquecimento pré-corrida.

Na página do evento e na da Iguana Sports no Facebook, alguns atletas relataram que não havia “kit lanche” para todos ao fim da corrida, que foi completada por 5.308 inscritos no domingo (3).

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