Avaliação: separação por pelotões de largada da Athenas 12k SP funciona
Se for bem organizada, a largada por pelotões propicia aos atletas uma melhor experiência de corrida. Na Athenas 12k, que foi realizada no domingo, 3 de abril, a avaliação da reportagem do Esportividade foi positiva quanto a isso. No momento da inscrição, o atleta deveria escolher seu pelotão. Seis estavam disponíveis conforme o ritmo médio de cada um. A reportagem do Esportividade, ao menos no terceiro pelotão, notou grande respeito ao “grid de largada” por parte dos participantes.
A separação por pelotões proposta pela Iguana Sports evita que um atleta mais rápido tenha de fazer diversas ultrapassagens bem logo no início e vice-versa: que um mais lento seja ultrapassado por um “batalhão de gente”, o que pode fazer com que o ultrapassado force em demasia seu ritmo para tentar acompanhar os mais velozes e seja prejudicado por isso.
Na Athenas 12k, com largada e chegada na região do hotel Transamérica, na marginal do rio Pinheiros (na zona sul de São Paulo), a reportagem constatou como é importante estar desde o início em um grupo de corredores de ritmo similar. Quando isso acontece, o atleta pode escolher alguns desconhecidos para acompanhar sabendo que estes têm velocidade parecida com a sua. Ao fazer parte de um pelotão mais ou menos homogêneo, o atleta tem tendência maior de manutenção de um ritmo confortável a ele.
A reportagem do Esportividade pôde observar diante de si durante bastante tempo na Athenas 12k as mesmas pessoas, o que também gera um conforto mental e um senso de coletividade – embora a corrida seja uma atividade física predominantemente individual.
Quando houve o encontro dos participantes dos 12 km com os dos 6 km, nos últimos três quilômetros, obviamente o pelotão dissipou-se um pouco, mas ali já começava o momento de preparação para o sprint, o que naturalmente representa uma quebra de ritmo.
Para que essa experiência de pelotões dê certo, os atletas têm de fazer a sua parte desde o momento em que eles se inscrevem na corrida, sendo sinceros quanto ao ritmo de prova. E devem também estar cientes de que é importante que entrem na “baia” correta antes da largada. Alguns minutos antes do início da corrida, essas “baias” são desfeitas, e ocorre um agrupamento, mas, nesse momento, os pelotões já estão montados.
Ao fim da prova, na “arena do evento”, os atletas puderam beber Gatorade (o qual, aliás, estava disponível durante a prova), tomar um sorvete e até beber cerveja. Além do mau cheiro do rio Pinheiros, um inconveniente da região do hotel Transamérica é estacionamento – os pagos são muito caros. Não foi má ideia, porém, estacionar o carro em uma rua distante do local da largada: assim foi possível trotar até lá como parte do aquecimento pré-corrida.
Na página do evento e na da Iguana Sports no Facebook, alguns atletas relataram que não havia “kit lanche” para todos ao fim da corrida, que foi completada por 5.308 inscritos no domingo (3).