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Esporte 27/06/2025

Avaliação biomecânica revela dados sobre corrida; não é a única opção, porém

Por Renata Sá, repórter do Esportividade

Avaliação biomecânica na clínica Move, em São Paulo (Esportividade)

Procurando explicações para entender por que, mesmo treinando por meses, a evolução na corrida não correspondia ao tempo e à dedicação desprendidos, fui atrás de quem entende do assunto. É óbvio que cada pessoa responde de maneira distinta aos estímulos na corrida e, não sendo possível se comparar com o colega de assessoria ou o companheiro de treinos, imaginei que existisse um ponto de partida para qualquer pessoa que queira começar a correr ou até evoluir na corrida de rua. E esse pontapé inicial é a avaliação biomecânica.

A avaliação biomecânica serve para identificar o comportamento do atleta durante a corrida, verificando se as passadas, a maneira como o corpo se inclina e o movimento dos quadris facilitam ou não a prática dela. Mesmo percebendo, durante meus treinos e provas, uma clara evolução, comecei a desconfiar de que algo não ia bem. E quando digo desconfiar, na verdade, foi uma lesão que me pegou pelo caminho.

Durante a avaliação de biomecânica, imagens são capturadas para analisar a corrida do paciente (Esportividade)

Após um treino mais longo, sentia um incômodo nas canelas, a tal da canelite, aquela dorzinha chata e persistente. Percebendo que aquilo não melhoraria só pulando um treino ou descansando alguns dias, procurei a clínica Move – especializada nos tratamentos médico, nutricional e fisioterapêutico –, localizada na zona sul de São Paulo, para uma avaliação biomecânica.

O exame é feito em uma esteira, e o paciente corre por alguns minutos nela enquanto imagens da atividade são registradas. Quem fez a minha avaliação foi o fisioterapeuta Viktor Alves, especialista em fisioterapia musculoesquelética pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP).

Pacientes que não se sentem confortáveis ao realizar o exame em uma esteira podem fazê-lo no parque do Ibirapuera, que fica a poucos metros da clínica Move. Com o resultado em mãos, imaginei que o passo seguinte seria a fisioterapia.

Mas não foi o que aconteceu. “Você não é só uma canela”, disse Viktor após minha avaliação. É claro que os exercícios da fisioterapia estavam nos planos de tratamento, porém eles não eram os únicos.

Avaliação de bioimpedância durante consulta na clínica Move (Esportividade)

Fui direcionada para mais dois profissionais da clínica Move: nutrição e medicina esportiva. Na consulta com a nutricionista Patrícia Campos Ferraz, com pós-doutorado pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP), conversamos sobre a perda de peso para evitar uma sobrecarga nos membros inferiores. Além da avaliação de bioimpedância, produzi um diário alimentar durante três dias, inclusive um dia de fim de semana, para entender o meu comportamento com a comida.

Diário alimentar com registro das refeições (Esportividade)

No diário, tinha de incluir a quantidade de colheradas dos alimentos ingeridos e os ingredientes utilizados no cozimento, até mesmo sal, azeite e açúcar, por exemplo. O mesmo valia para os copos de água bebidos ao longo do dia. Com as anotações, foi possível identificar os excessos ou mesmo a falta de alguns alimentos. Notamos, no retorno para receber meu cardápio alimentar, uma ingestão insuficiente de água – mesmo que na minha cabeça parecesse que eu tomava vários litros diariamente.

Nutricionista Patrícia Campos analisa diário alimentar durante consulta (Esportividade)

Um novo cardápio alimentar foi desenhado, buscando o déficit calórico, isto é, consumir menos calorias do que o corpo gasta. Para auxiliar no acompanhamento, todos os alimentos consumidos passaram a ser registrados, por meio de fotografias, em um aplicativo, o WebDiet. Ali era possível arquivar o diário alimentar – além de consultar o cardápio com opções de substituições. O app também me envia avisos de quando beber água. Em uma rotina agitada, tem me auxiliado bastante.

E, por último, a consulta com a medicina do esporte com o médico Diogo Figueiredo, mentor da residência de Medicina do Exercício e do Esporte da Universidade de São Paulo (USP). No início da conversa, questionei o que um médico do esporte fazia e como funcionaria no meu tratamento.

Exercícios de estabilidade durante sessão de fisioterapia na clínica Move (Esportividade)

A função dele seria como a de um gerenciador, responsável por reunir todas as informações do tratamento com os demais profissionais e sugerir o melhor caminho para o paciente. E é ele quem solicita os exames necessários – a fim de investigar mais a fundo possíveis deficiências. Após as análises dos resultados laboratoriais, algumas mudanças podem ser feitas no tratamento.

Além do presencial, a equipe de profissionais da clínica Move faz o acompanhamento online, tirando dúvidas dos pacientes antes mesmo dos retornos nas consultas. Além dos profissionais – de fisioterapia, nutrição e medicina esportiva – que estão me auxiliando, a clínica Move oferece diversos outros tratamentos, como clínica médica, fisiatria e geriatria.

Para agendar uma consulta, acesse a página da clínica Move. Ela está localizada na eua João Lourenço, 222, próximo ao portão 7 do parque do Ibirapuera. Funciona de segunda-feira a quinta-feira, das 7h às 20h, e às sexta-feira, das 7h às 19h.

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