Atletas ’60+’ na etapa pq. do Trote do Circuito Popular: é a vez deles na corrida

Trio de corredores “60+” na etapa parque do Trote do Circuito Popular (Esportividade)

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Existe resposta para como ter uma vida mais longa? O fato é que, segundo o Censo Demográfico-2022, estamos vivendo cada vez mais. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pessoas “60+” representam mais de 10% dos brasileiros (10,9% com 65 anos ou mais). Além de viverem mais, ao praticarem uma modalidade esportiva, como a corrida de rua, vivem melhor.

Corredora “60+” Aparecida Rampazzi na Maratona do Rio, prova de 21k (Rafao Evolution/Fotop)

Aparecida Alves Rampazzi, que participou da quarta etapa do Circuito Popular de corrida de rua de São Paulo, a do parque do trote, corre há mais de duas décadas. “Me desafiaram”, diz ela ao contar como surgiu a vontade de correr. “Perguntaram se eu iria ganhar alguma coisa correndo”, pontua. Desde então, o ganho de Aparecida foi duplo: o bem-estar e os troféus: em 2023, por exemplo, ela ficou em primeiro lugar – na faixa etária dela – na meia maratona (21,097 km) da Maratona do Rio.

Alex (shorts verde) com família e amigos no Circuito Popular, etapa pq. do Trote (Esportividade)

Já Alex Assunção Rodrigues, também participante da etapa do parque do Trote, conta que caminhou em sua primeira prova. “Certa vez, eu vi um colega fazendo um ‘trotinho safado’ durante uma prova e, conversando com meu filho, disse que a gente também conseguia. Ele, que hoje em dia corre toda semana, já conseguiu, inclusive, trazer amigos e membros da família para o esporte”, afirma.

Ana, corredora “60+” no Circuito Popular, etapa pq. do Trote (Esportividade)

Para Ana Maria Domingos, outra participante do Circuito Popular, a corrida surgiu a convite de uma amiga. “Antes eu caminhava, mas agora eu só gosto de correr”, revela ela. Para os céticos da corrida de rua, Ana é categórica: “Correr é muito bom”.

Atletas correm no parque do Trote, que recebe etapa do Circuito Popular (Esportividade)

É perceptível que a corrida de rua é mais que uma atividade esportiva: trata-se de um evento de socialização e de formação de identidade. Além disso, a presença de pessoas “60+” tem crescido exponencialmente. Na São Silvestre de 2013, por exemplo, apenas uma mulher com mais de 70 anos conquistou a medalha; em 2023, dez anos depois, foram 166 medalhistas. Uma das explicações para esse fenômeno é que a motivação competitiva não é a mais forte.

Durante o percurso de 5 km no Circuito Popular, encontrei um trio “60+” correndo junto e, logicamente, um apoiava o outro. Um deles me contou que eles estavam se preparando para os 21,097 km da Maratona Internacional de São Paulo. Existindo ou não uma resposta correta para uma vida longa, esses corredores “60+” encontraram um jeito incrível de viver a vida deles.

Assista ao vídeo curto da etapa do parque do Trote do CP:

 

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Com inscrições gratuitas, abertas alguns dias antes de cada evento, o Circuito Popular de corrida de rua da cidade de São Paulo, organizado pela Fenats e financiado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, terá a quinta etapa desta temporada no dia 24 de fevereiro, na Vila do Rodeio, na zona leste.

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