Atleta amador vê mudança de status dos corredores, antes desrespeitados na rua
Uma pessoa obteve vitórias na 1ª Corrida de rua do Jabaquara, em dia 4 de março, sem ter corrido. Noventa dias antes do evento, o atleta amador Celso Lopasso passou por uma cirurgia de revascularização do miocárdio. Por ainda não estar liberado para correr, completou os 5 km caminhando. Não poderia ser diferente, pois não poderia deixar de “jogar em casa”, notando como o status da modalidade se alterou dos anos 1990 para cá.
Celso viu a equipe Jabaquara de corridas nascer em 1996 e se tornar uma das maiores da cidade de São Paulo. “Quando corríamos nessa época, em 1996, passávamos pela avenida Indianópolis, e o pessoal da rua dizia: ‘O que vocês estão fazendo aqui? Vão dormir! Olha, sua mulher está em casa’. Em média, cinco ou seis pessoas faziam os treinos”, afirmou.
A corrida mudou e tornou-se uma modalidade respeitada, e a Jabaquara cresceu. “Há 170 atletas cadastrados”, contou. “É uma equipe baseada no voluntariado. Alguns integrantes correm pelos primeiros lugares, mas a maioria só quer atingir suas próprias metas.”
A prova no Jabaquara, que teve largada e chegada no São Paulo Expo, foi uma grata surpresa. “Eu me surpreendi com essa prova. Achei o percurso maravilhoso, muito bem elaborado. Foi uma prova difícil”, declarou Celso, comerciante de 65 anos.
A equipe treinava no Jardim Botânico, que está fechado de forma temporária devido à ameaça de febre amarela. A solução encontrada foi “se mudar” por ora para o Centro Esportivo Vila Guarani, onde existe um campo de futebol de grama sintética.
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