Ainda está difícil vender inscrições e lotar eventos de corrida; entenda o porquê
Apesar de o primeiro semestre de 2022 ter marcado o retorno à normalidade dos eventos de corrida no Brasil, a retomada não foi de “0 a 100” – na verdade, foi do zero aos 61%. Praticamente parado em boa parte de 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19, o mercado dos eventos esportivos participativos apresenta resultados que ainda estão aquém dos do período pré-crise sanitária.
Segundo o site Ticket Sports, maior plataforma de venda de inscrições esportivas do Brasil, “em média, trabalhamos o primeiro semestre com 61% do potencial normal de mercado”.
“Esse é um número que tiramos de análises internas, comparativos com anos anteriores e dados do Google Analytics”, explica o TS.
A realidade não tem sido vista ainda nas ruas, no entanto. Várias das provas que têm acontecido não são totalmente novas, pois são entregas de compras efetuadas no fim de 2019 e no começo de 2020. Por mais que corredores tenham aderido a elas em 2022, parte do público já tinha inscrições pagas.
“Há clara dificuldade para vender inscrições e lotar eventos, especialmente no segmento de corrida de rua. Outros mercados, como ciclismo ou triatlo, sofreram menos, com provas menores e público mais aderente. A corrida serve um pouco como porta de entrada para todo o resto”, afirma o TS.
A plataforma cita a perda de poder aquisitivo dos consumidores em razão da alta da inflação (não só no Brasil): “Não tem como segurar o patamar de vendas com esse aumento agressivo da sensibilidade ao preço”. Ainda trata das preocupações com a covid-19 existentes até hoje: “Tem bastante atleta evitando aglomeração”.
O Ticket Sports prevê que o segundo semestre seja melhor, com 80% do potencial do mercado, e que apenas em 2023 se alcance o máximo. “Há muita gente nova que nunca foi em um evento – e que vai chegar a eles nos próximos tempos.”
A realidade são os preços agreessivos das inscriçoes.