Aberto de São Paulo, o ‘torneio do Réveillon’, ‘pula’ ano e volta em 2016
O Aberto de São Paulo já virou uma tradição para os fãs de tênis que passam o Réveillon na capital paulista. A mais recente edição, por exemplo, começou no dia 28 de dezembro de 2013 e teve final disputada no dia 5 de janeiro. O torneio do ATP Challenger Tour ocorre no parque Villa-Lobos, na zona oeste. Não vai, no entanto, ser realizado na próxima virada de ano. Só voltará a acontecer entre os dias 2 e 10 de janeiro de 2016.
A assessoria de imprensa da JT Empreendimentos, promotora, explicou o motivo pelo qual haverá o “pulo” de um ano: “A não realização em 2015 se deve em razão da ocorrência de muitos eventos de grande porte no decorrer do ano em todo o país, tais como a Copa do Mundo de futebol e as eleições estaduais e federal; fatores que não impossibilitaram o apoio devidamente recebido das entidades, patrocinadores e do governo, mas que impediram a concretização e a reunião de todas as instituições em tempo hábil para a realização do torneio”.
O diretor da empresa, Juliano Tavares, disse que o torneio, um dos principais da ATP que o país recebe, não vai acabar. “O sucesso e a tradição do Aberto de São Paulo, realizado desde o ano de 2000 com a participação de grandes nomes do tênis nacional e internacional e arquibancadas lotadas pelo público que aprecia o esporte, nos dão plenas condições, segurança e confiança necessárias para seguir em frente e promover um torneio que supere as expectativas, trazendo sempre novidades a cada ano”.
A mais recente edição realizada, que foi vencida pelo brasileiro João Souza, o Feijão, já foi bem menor que as anteriores. Costumava-se montar uma grande quadra central, mas a estrutura foi reduzida pelo fato de a organização ter tido menos verba disponível.
Simone Maricir, diretora comercial da JT Empreendimentos, organizadora do Aberto de São Paulo, explicou ao Esportividade o que houve: “Existe uma lei de incentivo do Governo do Estado de São Paulo cuja verba obtida usávamos para pagar a estrutura do evento, mas a orientação que nos foi passada pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude era a de que governo estadual não iria mais investir em esporte de alto rendimento”. Simone disse também que “havia clientes com verba e carta de intenção assinada, superinteressados em entrar no evento nessa condição de verba incentivada”.
Foi aí, com menos verba disponível em 2013/14, que os organizadores optaram por manter a premiação e reduzir a estrutura. “Para os jogadores não mudou nada”, afirmou Simone. “Eles estão aqui em busca de pontos e dinheiro. O prêmio está no topo da categoria: US$ 125 mil [o valor total] mais hospitalidade, o que conta pontos como US$ 150 mil para a ATP. Ajuda muito moralmente o jogador começar o ano ganhando muitos pontos.”