Chuva não intimida público, que vai a Interlagos em bom número
A chuva da manhã de domingo (2 de junho) não impediu que as arquibancadas cobertas do autódromo de Interlagos recebessem um público considerável em mais um evento do SuperBike Series Brasil, que competiu no circuito paulistano pela terceira vez em 2013. Apesar do mau tempo, havia dois setores cheios na reta principal e outro parcialmente ocupado durante as primeiras corridas. Colaborou para isso o fato de que não existiu cobrança de ingresso de arquibancada. O espectador chegava e entrava, embora bilhetes pudessem ser retirados antes e, preenchidos, servissem para sorteios.
O ambiente era familiar, com muitos pais levando seus filhos. Esse foi o caso do vendedor Marcelo Ferreira Barreto, que foi ao autódromo acompanhado de Pedro, 12 anos, e Bruno, 8 anos. “Pedro ganhou ingressos na escola e viemos conhecer”, disse Marcelo, que já tinha visto de perto corridas de Stock Car e Fórmula Truck, mas nunca de motociclismo. “A habilidade que os pilotos têm é singular. Via a MotoGP pela televisão e tinha uma imagem totalmente diferente do motociclismo. Você vendo ao vivo a sensação é outra. O barulho arrepia.”
Eles moram em Artur Alvim, na zona leste de São Paulo, e foram a Interlagos de transporte público. A grande motivação foi a paixão do filho mais velho pelo motociclismo. Questionado se tem o sonho de ser piloto, o garoto Pedro respondeu: “Mais ou menos. Tem que saber pilotar…”. E Marcelo tem receio de motocicletas: “É uma paixão para se comer com os olhos. Sinceramente não tenho coragem de andar”.
Mas Marcelo se equivocou em uma escolha. De camiseta regata, admitiu: “Só errei a roupa”.
O assistente logístico Henrique Baliberbin, 27 anos, foi ao circuito com um amigo. “Viemos de Diadema, de moto, e pegamos chuva, mas está legal o evento”, afirmou. Sua preocupação foi ter deixado a motocicleta fora do autódromo. “Pena que certos flanelinhas, que cobram de R$ 5 a R$ 15, extorquem a gente para estacionar, mas compensa. Tomara que ela esteja ainda lá quando voltarmos.” Havia a opção de o motociclista pagar no domingo R$ 15 para estacionar dentro de Interlagos. Motoristas pagavam R$ 30. A compra antecipada dava direito a desconto.
Anailton Vieira de Moraes, auxiliar de enfermagem de 43 anos, assistiu de perto ao SuperBike Series Brasil pela segunda vez: “Desta vez me preparei: trouxe minha água, meu refrigerante, porque aqui é caro”. Uma garrafa de água de 300 ml custava R$ 3, enquanto cerveja e refrigerante saíam por R$ 5. O lanche mais barato, o hot dog, era comprado por R$ 5.
Os que quiseram visitar os boxes pagaram R$ 10 por um passe. Quem quis ter credencial de paddock com acesso aos boxes ou credencial VIP gastou R$ 40 e R$ 150, respectivamente.
Na corrida mais esperada do domingo, a da SuperBike Pro, a vitória foi conquistada por José Luiz Teixeira, o Cachorrão, um dos pilotos mais carismáticos da categoria. Ele chegou a usar uma máscara para comemorar a vitória no pódio. A próxima etapa do SuperBike Series Brasil acontecerá novamente em Interlagos no dia 30 de junho.
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Ontem fui a Interlagos com o meu namorado. Valeu muito o evento, pena que estava chovendo, se não fosse por isso, teria sido bem melhor. Mesmo assim, isso não inibiu a galera, que foi em peso. Muito bom!!!