Mudanças alimentares, mas ainda sendo você: dá para evoluir na corrida assim

Exercícios físicos e alimentação saudável na construção de uma corredora mais forte e veloz (Esportividade)
Basta rolar o feed das redes sociais para encontrar aos montes vídeos de evolução corporal, muitos deles com mudanças impressionantes, aliadas à prática de exercícios, como a corrida de rua, ou mesmo os de receitinhas proteicas, low carb e fit para perceber o quanto a questão do peso, principalmente a perda dele, ainda tem bastante relevância no cenário atual. Com uma ajudinha do algoritmo, que tende a enviar cada vez mais vídeos de grandes transformações corporais ou mesmo de RP (recorde pessoal), fica cada vez mais distante a ideia de se amar dentro do próprio corpo – bem como dentro da realidade de quilômetros rodados em que o corredor amador se encontra.

Exame de bioimpedância durante consulta com a nutricionista Patrícia Campos na clínica Move (Esportividade)
O que esses perfis apresentam, no entanto, não representa a realidade da maior parte das pessoas reais, digamos assim. Um estudo publicado pela Olympikus e pela consultoria de negócios Box1824, no início deste ano de 2025, mostra que para 47% dos corredores amadores do Brasil a inspiração vem de pessoas comuns que correm, e não necessariamente de um influenciador super magro ou superveloz.
Essa relação entre os “corpos reais”, vistos aos montes nos treinos e provas de corrida e muito mais numerosos, e o que as mídias sociais apresentam pode acabar gerando um descompasso na busca por uma vida mais saudável, com a inclusão da prática esportiva e de uma boa alimentação.
Outro estudo, intitulado “Risco nutricional em mulheres brasileiras por meio do uso das redes sociais e influência da mídia na insatisfação com a imagem corporal”, publicado pela revista Brasília Médica em 2022, revelou que 70,3% das mulheres entre 18 e 59 anos seguem influenciadoras que falam sobre hábitos alimentares, e apenas 54,7% disseram seguir perfis de nutricionistas.

Registro alimentar feito por meio de app e visualizado por médico e paciente (Esportividade)
“Um corpo magro não necessariamente é um corpo saudável”, é o que afirma a nutricionista Patrícia Campos Ferraz, com pós-doutorado pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a especialista, é mais importante ter um estilo de vida saudável com alimentação adequada, qualidade de sono e exercícios físicos como uma forma de gerenciamento até mesmo do estresse do que ter apenas um corpo magro. Depois de tal afirmação da especialista, se encaixaria melhor aqui o termo body neutrality.
Apesar de não tão novo, ele passou a ser usado em 2016 e diz algo um pouco diferente do conceito de positive body (aquele que fala sobre o amor ao corpo da forma como ele é). No caso do neutrality, a proposta seria explorar o que, de fato, eu posso fazer com o corpo que tenho, como a minha preparação para 100ª edição da Corrida de São Silvestre, marcada para o dia 31 de dezembro de 2025.
Veja o vídeo de como tem funcionado a preparação para a 100ª São Silvestre na clínica Move:
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Se essa proposta for afunilada para a população feminina que pratica corrida de rua, o quadro geral é ainda mais desafiador. Isso porque falta tempo para as mulheres treinarem tanto quanto os homens. Pelo menos é o que diz um estudo global, realizado em 2024 pela marca de tênis ASICS, que revelou que para 74% das entrevistadas falta tempo, já que, geralmente, os cuidados maternos e do lar ficam sob responsabilidade delas.

Sessão de fisioterapia com Viktor Alves na clínica Move, em São Paulo (Esportividade)
E não são só os fatores externos que podem prejudicá-las na manutenção de uma vida mais ativa. “As mulheres têm menos massa muscular e passam por mudanças hormonais importantes ao longo da vida”, afirma Patrícia. E continua: “Por causa do estrogênio e da quantidade maior de gordura corporal, metabolicamente as mulheres têm certa desvantagem na manutenção corporal, aumentando as chances de ganho de peso ou mesmo de outros problemas de saúde como câncer de mama, por exemplo”.
Para criar uma rotina alimentar mais saudável e que esteja alinhada com expectativas reais, assim como a própria realidade, o ideal é ter sempre o acompanhamento de um nutricionista, como a Dra. Patrícia Campos Ferraz, que atende na clínica Move, na zona sul de São Paulo. “Procuro ajudar as pessoas a descobrirem o que elas querem e o que elas podem conseguir”, afirma.
“Descolamos” o cupom Esportividade, que garante de 10% de desconto nas consultas com a Dra. Patrícia Campos Ferraz (nutrição), com o Dr. Diogo Figueiredo (medicina do esporte) e com o fisioterapeuta Viktor Alves na clínica Move.

Avaliação de lesão: síndrome do estresse medial tibial, canelite (Esportividade)
E comigo não foi diferente. Durante a minha preparação para uma prova-alvo, sofri uma lesão. Para o tratamento da minha canelite (nome popular da síndrome do estresse medial tibial), além do acompanhamento com um médico do Esporte, o Dr. Diogo Figueiredo, responsável pela gestão do meu processo e alinhado com as sessões de fisioterapia com Viktor Alves, também me foi sugerido o acompanhamento nutricional para a perda de peso.
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Isso porque, além de tratar a lesão com exercícios de fortalecimento, a fim de melhorar também a minha biomecânica na corrida, foi constatada uma sobrecarga que se tornou prejudicial para uma prática esportiva com um impacto enorme como a corrida.
Em todas as consultas nutricionais, faço a bioimpedância, bem como novas medidas corporais são refeitas, com o objetivo de analisar não apenas a redução na balança, mas também o ganho de massa magra. Quando há necessidade, ajustes são feitos no cardápio alimentar, e estes podem ser acessados remotamente por meio de aplicativo ao qual a Dra. Patrícia também têm acesso. É durante as consultas que o registro fotográfico das refeições, também feito pelo app, é analisado.

Café da manhã com opções de substituições no meu processo de emagrecimento (Esportividade)
Nem sempre é fácil passar pelo processo de emagrecimento sozinho. Em certos casos, a mudança na balança não reflete o esforço tanto alimentar quanto em relação ao exercícios físicos e à manutenção do sono. Até mesmo a mudança vista no espelho pode não parecer grande coisa no início, já que estamos acostumados a nos enxergar fora de forma por tanto tempo.
As pequenas mudanças, porém, vêm aos poucos e de forma constante quando o paciente está genuinamente envolvido no processo. É claro que deslizes acontecem ao seguir uma dieta, mas devem se tornar a exceção. Após três meses passando pelo processo de emagrecimento com um acompanhamento de um profissional, troquei peças de roupas G para M em uma recente visita ao provador de uma loja de roupas.

Esporte (neste caso, a corrida) aliado à perda de peso (Esportividade)
“Muitos fatores impedem que as pessoas mudem os hábitos alimentares, inclusive a ciência tem investigado bastante como fazer com que as pessoas se sensibilizem e se motivem sobre a importância de mudar pequenos hábitos de vida”, pontua a nutricionista Patrícia.
Além do atendimento presencial, a equipe de profissionais da clínica Move faz o online, tirando dúvidas dos pacientes antes mesmo dos retornos ao consultório. Além dos profissionais – de fisioterapia, nutrição e medicina esportiva – que estão me auxiliando, a clínica Move oferece diversos outros tratamentos, como clínica médica, fisiatria e geriatria.
Para agendar uma consulta, acesse a página da clínica Move. Ela está localizada na rua João Lourenço, 222, próximo ao portão 7 do parque do Ibirapuera. Funciona de segunda-feira a quinta-feira, das 7h às 20h, e às sextas-feiras, das 7h às 19h.
“Descolamos” o cupom Esportividade, que garante de 10% de desconto nas consultas com a Dra. Patrícia Campos Ferraz (nutrição), com o Dr. Diogo Figueiredo (medicina do esporte) e com o fisioterapeuta Viktor Alves.