Rolling Stone Music & Run não é evento ‘de’ corrida, é ‘com’ corrida, o que é bom
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A caminho da etapa do Ceret do Circuito Popular, por volta das 6h de sábado, 19 de novembro de 2022, o motorista do carro pedido por aplicativo me disse que, à tarde, participaria pela primeira vez de uma corrida de rua. Influenciado pela mãe, o jovem rapaz iria à Rolling Stone Music & Run e tentaria correr 5 km. Passamos o resto da viagem – de cerca de 15 minutos – conversando sobre os desafios e as maravilhas da corrida, e me despedi dele desejando-lhe “boa prova”. Eu também estaria lá.
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Ao chegar ao Memorial da América Latina, às 17h15, não encontrei a “turma de sempre”. Quem estava ali naquele momento aguardava seu momento de caminhar 3 km ou correr 10 km, uma vez que a largada dos 5 km já havia sido autorizada. Quando a entrada de caminhantes na pista foi liberada, mais gente do que o habitual foi em direção à rua. Os corredores dos 10 km tiveram de esperar mais um pouco – e praticamente não vi conhecidos entre eles.
Foi a partir dessas observações que entendi que a Rolling Stone Music & Run é um evento com corrida de rua, e não de corrida de rua. Devido às características, consegue mobilizar pessoas não necessariamente corredoras, mas que se dispõem a correr. É isso o que se chama de “evento de entrada”, isto é, o que propicia o primeiro contato com a corrida. Para meu motorista daquela manhã, por exemplo, esse foi o caso.
Não é por ser assim, porém, que a Rolling Stone Music & Run não permite que corredores mais experientes deem seu melhor. Na prova de 10 km (na verdade, de cerca de 9,8 km), lhes foi dado muito espaço para correr, e as duas voltas foram fisicamente e mentalmente exigentes, pois encarar duas vezes a subida da praça Charles Miller, em frente estádio do Pacaembu, não foi tão simples assim.
Corredores de todos os níveis se reuniram ao fim das atividades de pista para, juntos, curtir dois shows de bandas oitentistas – Ira!, uma das referências do rock paulistano, e Blitz, grupo carioca que “abriu as portas”, dando início à popularização do rock nacional. Beberam cerveja (open bar) e, com “Você não soube me amar”, deram adeus a mais uma edição do evento do Grupo Perfil.
Realizá-lo de novo no Memorial da América Latina, e não no sambódromo do Anhembi, mostrou-se uma decisão acertada, uma vez que a estação Palmeiras-Barra Funda está localizada a poucos metros dali. O cronograma do evento, porém, ficou mais apertado, pois, em razão da proibição de barulho pós-22h, não havia espaço para atraso. Mas deu tudo certo.