Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo inicia mais pobre outro mandato
A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo (Seme) chega mais uma vez ao início de uma gestão com menos recursos que nas anteriores. Inicialmente, a pasta vai ter direito a somente 0,31% do orçamento municipal de 2021, isto é, R$ 213.700.946, enquanto é estimada uma receita total de R$ 67,96 bilhões. O projeto, já aprovado pelos vereadores, foi para sanção do prefeito Bruno Covas (e ele promulgou lei em 31/12).
Quando João Doria assumiu a prefeitura, em janeiro de 2017, a Seme contava com um orçamento, sancionado no ano anterior por Fernando Haddad, de R$ 276.888.185, ou seja, 0,5% do total previsto para 2017.
O último orçamento discutido pela Câmara dos Vereadores na gestão Gilberto Kassab, em dezembro de 2012, previa R$ 300.229.702 para a secretaria esportiva em 2013 – o primeiro ano de Haddad –, o que correspondia a 0,71% do geral.
Apesar da reeleição do prefeito Bruno Covas, que, em abril de 2018, assumiu o cargo, já que Doria tornou-se candidato ao governo estadual, em 2021 inicia-se um novo ciclo.
Progressivamente, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer paulistana tem perdido recursos. A pasta da Cultura também vai começar um novo mandato com percentual menor: será, em 2021, de 0,76%, e a gestão Haddad havia reservado 0,94% para ela em 2017 – o primeiro ano de Doria –, e Kassab deixara 0,68% para Haddad.
É preciso dizer que, em 2021, a Seme não terá gastos com o complexo esportivo do Pacaembu, que em 2020 passou a ser administrado pela iniciativa privada (Allegra), que em 2021 e 2022 o reformará, demolindo, por exemplo, o Tobogã para em seu lugar construir um edifício multiúso.