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Basquete 05/10/2013

Torcida do grego Olympiacos faz barulho no primeiro jogo em Barueri

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Torcida do Olympiacos em Barueri (Samuel Vélez)

Torcida do Olympiacos em Barueri (Samuel Vélez)

A pequena, mas animada, torcida do Olympiacos deu à primeira partida da Copa Intercontinental de basquete um saudável clima de rivalidade. Quando, no início do segundo quarto, mais membros da colônia grega chegaram ao ginásio José Corrêa, em Barueri, para reforçar a torcida do atual bicampeão da Euroliga, logo eles forçaram a torcida do Pinheiros a fazer mais barulho. Entretanto, em vários momentos do jogo, gregos e descendentes foram os que mais se animaram com o que acontecia em quadra, pois na maior parte do tempo o time europeu comandou o placar – vencendo por 81 a 70.

Aproximadamente 70 pessoas fizeram parte da torcida do Olympiacos. “O mérito é do pessoal da diretoria da Coletividade Helênica de São Paulo, que trabalhou durante três semanas para organizar, confeccionar a camiseta e chamar o pessoal pelo Facebook. Usamos nosso mailing também”, explicou Stayros Kyriopoulos, presidente da coletividade, que também atua como intérprete da delegação do Olympiacos. “A colônia é pequena e muita gente se conhece. Mesmo sendo minoria, vamos fazer barulho.” Segundo Kyriopoulos, no domingo, dia do segundo jogo, dois ônibus do grupo irão ao ginásio.

Em meio à torcida grega, estava um espectador com um sentimento ambíguo. Fotios Apostolopoulos literalmente estava com duas camisetas: uma era a da Coletividade Helênica de São Paulo feita para a ocasião e outra, por baixo, a do Pinheiros, pois é conselheiro do clube paulistano. “Eu nasci na Grécia, mas tenho dupla nacionalidade”, disse. “Vim ao Brasil com oito anos. Na verdade, torço para os dois times. Quem vencer para mim está muito bom. Viemos dar um apoio para o clube para eles não sentirem que não há colaboração do pessoal daqui.”

O treinador do Olympiacos, Georgios Bartzokas, valorizou a presença da torcida durante a entrevista coletiva. “Foi uma alegria termos visto uma torcida grega assim aqui”, disse.

O jogo

Vassilis Spanoulis e Shamell no ginásio José Corrêa (Samuel Vélez)

Vassilis Spanoulis e Shamell no ginásio José Corrêa (Samuel Vélez)

O Pinheiros terá de vencer por 12 ou mais pontos de diferença neste domingo, a partir das 11h30, se ainda quiser levar a Copa Intercontinental. Os norte-americanos Shamell, cestinha da partida, com 26 pontos, e Joe Smith, que anotou 19 pontos, foram os grandes nomes pinheirenses do jogo. O Pinheiros, no entanto, teve dois sérios problemas: os pivôs Rafael Mineiro, Toyloy, André Bambu e Morro juntos somente marcaram dois pontos e o aproveitamento dos arremessos de três pontos foi baixo: 29% – contra 39% do time grego.

O técnico Claudio Mortari percebeu essas deficiências da equipe pinheirense, mas notou um jogo muito igual. “Ele foi decidido por circunstâncias. Não aproveitamos duas bolas roubadas. No segundo tempo, o Vassilis Spanoulis veio para desequilibrar”, afirmou o treinador, que considerou seu time mais controlado do que no Campeonato Paulista.

De acordo com Bartzokas, técnico do Olympiacos, sua equipe sentiu a viagem, o fuso horário e o estilo do jogo brasileiro nesta sexta-feira (4). “Também pesou a falta de informação que tínhamos do Pinheiros. Então, levou algum tempo para nos situarmos no jogo”, disse ele, que também comentou que o Olympiacos obteve muito mais rebotes (49 a 21) e mais assistências (23 a 12) do que o Pinheiros. “Mas o fato de que cometemos 20 erros  é algo que deve nos preocupar. Isso não é normal, mas deve ser relativizado, porque esse elenco não está junto há muito tempo.”

O Pinheiros chegou a ter a vantagem no placar por alguns momentos, mas especialmente os dois últimos quartos foram melhores para o Olympiacos.

Leia como foi o segundo jogo:
Derrota do Pinheiros para time grego expõe problema da falta de rotação

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